quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dilma "compra versão petralha" de agressão no Rio de Janeiro e chama Serra de mentiroso

Em comício na noite desta quinta-feira, a candidata do PT à Presidência afirmou que seus adversários "desencadeiam uma campanha do ódio" e que o que atingiu seu opositor na corrida pelo Planalto, José Serra, no Rio de Janeiro, na quarta-feira, foi "uma bolinha de papel". Ou seja, ela "comprou" a versão petralha do incidente, produzida no comando do PT e de sua campanha, também adotada pelo presidente Lula, e passou a espalhá-la, como forma de desmascarar a ação de suas mílicias fascistas, ao estilo das tropas SA do nazista Ernst Rohm. Dilma disse ainda que seu adversário é "mentiroso" por dizer que vai continuar os programas do atual governo. "Aqueles que se fazem de bonzinhos, de que vão continuar nossos programas, esses são mentirosos", disse a candidata petista, afirmando que ela é a "real continuidade desse governo". Imagens feitas pela Folha mostram que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi atingido por um objeto circular e transparente durante uma caminhada na quarta-feira em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Tratava-se de um rolo de fita adesiva, uma bobina. As imagens foram examinadas pelo perito Ricardo Molina, a pedido da TV Globo, e exibidas na noite desta quinta-feira no Jornal Nacional. Ele também examinou as imagens exibidas pelo SBT, quando Serra é atingido por um objeto que parece uma bolinha de papel. Concluiu que são momentos absolutamente distintos. À tarde, em entrevista à imprensa, Dilma já havia dado a entender que a reação de Serra à agressão sofrida por manifestantes do PT no Rio de Janeiro foi como o episódio do goleiro chileno Roberto Rojas, que em 1989, em jogo contra o Brasil, fingiu ser atingido por um sinalizador e se cortou com uma gilete escondida da luva. Lula, à tarde, também fez a mesma comparação, em visita institucional ao Rio Grande do Sul. Ou seja, eles demonstraram que combinaram a versão entre si, assim como a exibição de propaganda na televisão com a mesma versão comprova que o comando da campanha gerou essa interpretação petralha dos fatos.

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