quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dilma acha que pregação do Papa a bispos brasileiros contra aborto não prejudicará a sua campanha

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira não acreditar que a recomendação do papa Bento 16 para que a Igreja Católica oriente politicamente seus fiéis no Brasil prejudique sua campanha. Dilma afirmou que não vê nenhum constrangimento na declaração do papa que, em palestra para bispos brasileiros em Roma, também se posicionou contra o aborto. Para a petista, a manifestação do papa precisa ser respeitada. "Eu acho que é a posição do papa e tem que ser respeitada. Encaro que ele tem o direito de manifestar o que ele pensa. É a crença dele e ele está recomendando uma orientação", disse. Dilma negou que exista relação entre esses rumores contra ela e a manifestação do papa: "Vamos separar as questões. Eu não acho que o papa tem nada a ver com isso. No Brasil, ocorreu outra coisa, uma campanha que não veio a luz do dia, quem fez a campanha não se identificou, não mostrou sua cara. Foi uma campanha de difamações, calúnias e algumas feitas ao arrepio da lei, porque a lei proíbe que isso ocorra. Ele veio a público e falou a posição dele", afirmou e petista. Dilma é a favor da descriminalização do aborto, e essa posição integra o Plano Nacional de Direitos Humanos 3, que foi elaborado pela Casa Civil quando ela era a ministra e assinou o decreto.

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