terça-feira, 12 de outubro de 2010

Cuba sinaliza admitir empréstimos externos a agricultores

Alguns países europeus estão discretamente empenhados em conceder empréstimos a agricultores cubanos, ideia à qual o regime comunista tradicionalmente se opôs, mas que agora parece disposto a aceitar como parte das reformas econômicas em andamento no país. Um pequeno volume de créditos espanhóis para cubanos deve começar a ser liberado em 2011, e há esperanças de que esse fluxo cresça conforme Cuba modernizar sua economia. As primeiras verbas serão concedidas pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), que no ano que vem irá doar 490 mil euros (680 mil dólares) para a agricultura, atividade prioritária para Cuba, país importador de alimentos. Isso é absolutamente irrisório para as necessidades de ^Cuba. "Estamos tentando ajudar a criar um instrumento financeiro atualmente não existente em Cuba para fornecer ao setor agrícola créditos em moeda forte", disse Juan Diego Ruiz, coordenador da Aecid em Cuba. As autoridades cubanas sempre viram o microcrédito com preocupação, por entender que ele deturpa os valores socialistas, especialmente se vier do Exterior. Mas diplomatas ocidentais dizem que o regime agora parece estar disposto a aceitar esses empréstimos, mesmo que não aceite falar abertamente sobre programas de microcrédito. Ruiz disse que os empréstimos permitirão que os agricultores (arrendatários de terras estatais) comprem insumos importados, como equipamentos de irrigação e sementes.

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