sábado, 30 de outubro de 2010

CNBB agora defende declarações do papa Bento 16 sobre o aborto

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defensa na sexta-feira da declaração do papa Bento 16 que recomendou que bispos brasileiros preguem voto contra políticos que defendam aberta ou veladamente o aborto. Em nota, a entidade afirma que “acolheu com gratidão” as palavras do papa que reforçam seu posicionamento de que padres orientem politicamente os fiéis brasileiros. Para a CNBB, cada bispo tem direito de pregar, além de valores religiosos, voto em determinado projeto político. “Em seu pronunciamento, o Santo Padre confirmou a preocupação constante da Igreja no Brasil em defesa da vida, da família e da liberdade religiosa. O Santo Padre enfatizou o direito e o dever de cada Bispo, em sua Diocese, de orientar seus fiéis em questões de fé e moral, inclusive em matéria política, confirmando o que a CNBB havia recordado em documentos, notas e entrevistas anteriores”, diz a nota. A declaração do Papa gerou críticas entre aliados da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que acusaram a igreja de extrapolar suas funções. Os principais, na mídia, são expoentes do petismo, o ex-porta-voz Ricardo Kotscho, propagandista deste socialismo bolivariano, e o outro é dono da publicação patrocinada pelo PT, chamada Carta Capital. A CNBB explicou que o encontro de quinta-feira do Papa com os bispos brasileiros ocorre anualmente para “apresentar o balanço das principais atividades”, “bem como acolher sugestões e orientações, refletir sobre opções e alternativas pastorais” e que a reunião coincidiu com a passagem dos bispos maranhenses. Em encontro com bispos do Maranhão, em Roma, o Papa Bento XVI reiterou a posição católica a respeito do aborto, condenando o uso de projetos políticos que defendam a descriminalização da prática. “Os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas", disse ele, não podendo ser mais claro. Segundo o Papa, a democracia só existe quando “reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana”. Bento 16 fez um “vivo apelo a favor da educação religiosa” nas escolas públicas e pediu ainda pela presença de símbolos religiosos em locais públicos. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é citado como um exemplo de monumento que contribuiu para o “enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade”. E aí cabe perguntar: por que então a CNBB só se torna "papista" depois de o próprio Papa Bento XVI ter puxado as orelhas de bispos brasileiros e relembrado a eles qual é o seu dever? Isso ocorre porque a CNBB é uma entidade privada, não é órgão da Igreja. Mas é composta por bispos da Igreja Católica, e todo bispo, como todo padre, tem entre seus principais deveres o da obediência. Esse é um dos votos que faz quando é ordenado sacerdote. Mas, foi preciso o Papa recordar firmemente a esses bispos vermelhos, satélites do PT, que dominam a CNBB, quais são os deveres deles como sacerdotes católicos, portadores da palavra de Deus. Esses bispos que agora baixam a crista e se submetem à autoridade do Papa Bento XVI são os mesmos que se recolheram a um silêncio calhorda, traidor, cínico e covarde quando o bispo da Diocese de Guarulhos foi atirado para os cachorros raivosos do petralhismo, e teve recolhidos na gráfica os panfletos que havia mandado confeccionar para recomendar o voto dos fiéis contra candidatos que apóiam a legalização do aborto. O nome da candidata é a petista Dilma Rousseff. Mais do que isso, os calhordas da alma petista incrustados na CNBB vermelha tinham largado uma nota safada em deixavam entrever uma condenação ao bispo de Guarulhos. Agora rastejam como obedientes papistas. Na sua devoção ao sacrilégio petista, muitos desses bispos esqueceram de pontos fundamentais da sua fé. Mereciam muito mais do que uma vigorosa chamada do Papa Bento XVI. Eles estão perigosamente à beira da excomunhão.

Nenhum comentário: