terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vale compra fatia majoritária de empresa de logística na África

A Vale informou nesta terça-feira que exerceu opção de compra de 51% da participação acionária na Sociedade de Desenvolvimento do Corredor do Norte de Moçambique, onde a mineradora desenvolve projetos de carvão. A aquisição dará condições logísticas necessárias para a Vale escoar a produção da segunda fase do projeto de carvão de Moatize (Moatize II). A compra de participação majoritária na SDCN, cujo valor não foi divulgado, representa para a Vale acesso a concessões ferroviárias e portuárias no país africano. A estratégia da mineradora brasileira em Moçambique é reproduzir o modelo logístico de integração mina-ferrovia-porto, usado no Brasil. "Ao mesmo tempo em que torna viável a expansão da capacidade de Moatize, a infraestrutura de logística se constitui em excelente alternativa para o transporte para a costa Leste da África da produção do cinturão de cobre da Zâmbia, onde estamos começando a desenvolver Konkola North", afirmou a Vale em comunicado. A logística estruturada pela Vale no país também beneficiará o projeto de rocha fosfática de Evate, "além de outras cargas do eixo Zâmbia-Malaui-Moçambique". A Vale também pretende fazer outros investimentos no país para a construção de ligações ferroviárias necessárias para escoar a produção de Moatize, além de um novo terminal marítimo de águas profundas em Nacala. Em Moçambique, a Vale também desenvolve Moatize I, com capacidade nominal de produção estimada de 11 milhões de toneladas métricas de carvão, com início de operação previsto para o primeiro semestre de 2011. No primeiro estágio de desenvolvimento, está sendo construída uma planta de lavagem com capacidade anual de 26 milhões de toneladas métricas. Na primeira fase, a produção de carvão será transportada pela ferrovia Linha do Sena para ser embarcada no Porto da Beira.

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