quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Kátia Abreu e Suplicy batem boca em sessão que prorrogou CPI do MST no Congresso

Os senadores Kátia Abreu (DEM-TO) e Eduardo Suplicy (PT-SP) trocaram palavras ásperas nesta quarta-feira durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça que discutia a prorrogação da CPI do MST no Congresso. O petista acusou a senadora, uma das maiores defensoras da comissão, de não ter como hábito comparecer às reuniões da CPI. Irritada, Kátia Abreu rebateu. "Não lhe dou o direito de questionar meu trabalho nesta Casa. Meu mandato é do tamanho do seu. O seu mandato não maior do que o meu, isso não lhe credencia para chamar minha atenção em público. Sou suplente na CPI do MST, que recebe dinheiro do seu governo. O senhor quer fazer vistas grossas disso. Se não estive lá é porque não foi requerido", reagiu a senadora democrata, uma das mais importantes parlamentares do Congresso Nacional, e que também preside a Confederação Nacional da Agricultura. A oposição garantiu nesta quarta-feira a prorrogação da CPI do MST. PSDB e DEM conseguiram derrubar recurso apresentado à Comissão de Constituição e Justiça pelo governo para encerrar os trabalhos da comissão. Os oposicionistas querem usar a CPI para investigar a quadrilha que fraudava projetos de reforma agrária na região sul de Mato Grosso do Sul. O esquema foi descoberto em operação da Polícia Federal realizada esta semana no Estado, que resultou na prisão de pelo menos 20 pessoas. Segundo o Ministério Público Federal, os desvios podem chegar a R$ 12 milhões. Outros R$ 50 milhões foram gastos sem necessidade, em um processo fraudulento de distribuição de 497 lotes a pessoas não habilitadas no programa de reforma agrária do governo federal. A investigação também flagrou a venda de lotes da reforma agrária. Os negócios, segundo a Polícia Federal, eram regularizados por servidores do Incra, um braço do MST no governo federal.

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