quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Euriza, irmã da ministra Erenice, usou computador de escritório contratado sem licitação para justificar contrato

As versões dos parentes da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, para se defenderem de favorecimentos dentro do governo foram montadas nas estruturas do Palácio do Planalto e do escritório de advogados Trajano e Silva Advogados, envolvido no escândalo de lobby no governo federal. A advogada Maria Euriza Alves Carvalho, irmã de Erenice Guerra, usou, por exemplo, um computador do Trajano e Silva Advogados para escrever a nota em que justifica o aval que deu em 2009, quando estava no governo Lula, para contratar sem licitação o mesmo escritório, onde trabalha um irmão das duas, Antônio Alves Carvalho. Já o e-mail enviado pelo filho de Erenice, Israel Guerra, à revista Veja, passou pelo crivo da Casa Civil do Palácio do Planalto. Segundo o governo Lula, isso ocorreu porque Israel passou a mensagem para Vinicius Castro, envolvido no escândalo e que foi exonerado pelo governo na segunda-feira. Os dois são apontados como mentores de um esquema de lobby e cobrança de propina de empresas que tentam fechar contratos com órgãos públicos ligados ao governo federal. Maria Euriza enviou ao jornal O Estado de S. Paulo um e-mail às 18h04 de segunda-feira, com um arquivo anexado, com explicação sobre o parecer que deu para autorizar a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da qual era consultora jurídica, para contratar o escritório do irmão sem licitação por R$ 80 mil. O documento informa que o arquivo do texto foi criado em um computador do próprio Trajano e Silva Advogados. Um dos donos do escritório, o advogado Márcio Silva, que também trabalha para a campanha de Dilma Rousseff (PT), informou ao jornal paulista que Maria Euriza escreveu a nota do Rio de Janeiro em um laptop emprestado pelo Trajano e Silva. A irmã de Erenice Guerra presta serviços a eles. A advogada Maria Euriza justificou que autorizou o governo a contratar sem licitação o escritório do irmão delas por questão de “emergência”. O contrato era de seis meses e por R$ 80 mil, mas no fim ficou em R$ 25 mil. Então tá....

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