terça-feira, 21 de setembro de 2010

Conselho Nacional de Justiça cobra do Pará fim do uso de contêineres como prisão

O Conselho Nacional de Justiça pretende entregar ao governo do Pará, da petista Ana Julia Carepa, um documento cobrando mudanças no sistema prisional do Estado, incluindo o fim do uso de "contêineres" como celas. Durante o mutirão carcerário, iniciado pela entidade na última semana, juízes encontraram superlotação e presos em celas metálicas a que chamaram de contêineres, por terem tamanho semelhante ao dos de carga. Só no Centro de Reeducação Feminino de Ananindeua (região metropolitana de Belém), ao menos 200 detentas estão nessas celas. A situação foi vista nos três complexos do Presídio Estadual Metropolitano, em Marituba, também na região metropolitana. No presídio feminino, a superlotação é mais grave, na avaliação do juiz Vinícius Borba Leão, coordenador do mutirão no Pará. Em um espaço onde caberiam quatro camas, vivem até dez mulheres. No masculino, há quatro a cinco presos nesse espaço. O objetivo do mutirão é mapear situações "desumanas" no Estado e analisar processos de 11 mil presos. O Conselho Nacional de Justiça já havia encontrado pessoas trancadas em contêineres ao vistoriar o sistema carcerário do Espírito Santo em 2009.

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