quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Esquema fraudulento em concorrência no Instituto de Tecnologia do Paraná contaria com participação de servidores públicos

O Ministério Público do Paraná abriu procedimento para investigar licitação realizada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A concorrência teve como objeto a contratação de empresa para “elaboração de projetos de tratamento de efluentes líquidos”, no valor de R$ 114.280,00. De acordo com a denúncia, apresentada pela Transforma Engenharia do Meio Ambiente Ltda, a Monitore Engenharia e Planejamento Ambiental Ltda teria usado de propostas “laranjas” de empresas parceiras para vencer a licitação. As investigações estão sendo conduzidas pela 6ª Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público, por meio do promotor Paulo Ovídio dos Santos Lima. Uma das proprietárias da Transforma, Tânia do Amaral Camargo, denunciou a fraude a partir da análise de emails enviados pela própria sócia Marília Tissot do Amaral Santos para a Monitore, que teria seu esposo, Renault Vieira dos Santos, como proprietário. Segundo a denúncia, o esquema de favorecimento na licitação teria contado ainda com a participação do então servidora da Diretoria Técnica do Tecpar, Roberto Nara, e da sócia da empresa Cia Ambiental (uma das supostas empresas “laranjas”), Marilza Dias é servidora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Curitiba e desde o governo do prefeito Beto Richa atua como secretária executiva do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (CONRESOL), que tem por presidente o prefeito de Curitiba. Marilza é também a presidenta da comissão de licitação da Usina de Lixo, certame esse promovido pelo consórcio intermunicipal. “Cumpre destacar que uma das empresas que aceitou participar da fraude à licitação, subscrevendo proposta fictícia, forjada apenas para justificar a vitória da Monitore, tem como sócia-administradora Marilza Dias”, informa a denúncia encaminhada ao Ministério Público.

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