quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eike Batista levanta 420 milhões para obter primeira plataforma marítima

A OSX, empresa controlada por Eike Batista que atua em construção e afretamento de unidades de exploração e produção de petróleo, obteve um financiamento de US$ 420 milhões com um grupo de bancos para a construção da primeira plataforma da OGX. O prazo do financiamento é de oito anos e meio. A OSX é a caçula das companhias do grupo EBX, de Eike Batista. A companhia captou quase R$ 3 bilhões com uma oferta inicial na Bovespa neste ano, apesar de inicialmente pretender levantar bem mais do que isso, e tem uma demanda inicial de prover 48 unidades de produção para a OGX, a petroleira do grupo. A operação é liderada pelo norueguês DVB Bank e integrada também pelo ING, Santander, Credit Agricole e ABN. O valor total da primeira plataforma da OGX, que será instalada na bacia de Campos e tem previsão de chegar ao Brasil em meados de 2011, será de US$ 600 milhões. A capacidade da unidade é de produzir 100 mil barris diários de petróleo. Já a segunda plataforma da OGX que está em licitação será maior e provavelmente mais cara do que a primeira. "Ela deve ser feita em um casco de VLCC (very large crude carrier), um dos maiores navios de petróleo", informou Eike Batista, explicando que a capacidade total vai depender do campo onde a OGX decidirá instalá-la. Para a segunda unidade, a empresa Monteiro está fazendo um levantamento do preço em estaleiros brasileiros e internacionais, para que depois a OGX negocie com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis o patamar de conteúdo nacional que será estipulado. Ele afirmou que apesar do incentivo do governo brasileiro ao setor, o processo de crescimento da área naval no País é lento e a indústria ainda levará tempo para amadurecer. Eike Batista está convencido de que "para atingir o conteúdo nacional exigido só com estaleiro instalado no País". Para o grupo de Eike Batista, com os estaleiros no País pelo menos a mão de obra já está garantida, e em alguns casos pode corresponder a 55% da contabilização total do conteúdo nacional de uma plataforma. A empresa no entanto ainda segue na dúvida sobre o local onde construirá o seu estaleiro e aguarda a liberação de licenças ambientais prévias, tanto do Estado de Santa Catarina, onde o processo está mais adiantado, quanto no Rio de Janeiro, local alternativo, cujo pedido de licença foi feito em junho. Para a construção do estaleiro, a OSX está negociando com o BNDES empréstimo que pode chegar a 90% do total do investimento previsto de US$ 1,7 bilhão, se for feito através do Fundo da Marinha Mercante, ou de até 80% se vier diretamente do BNDES.

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