sábado, 21 de agosto de 2010

Dissidência cubana critica igreja católica da ilha em carta a Bento XVI

Mais de cem dissidentes cubanos assinaram uma carta aberta ao papa Bento XVI criticando a gestão da igreja católica da ilha em um acordo para a libertação de presos políticos, gerando indignação do arcebispado cubano. A carta ao Pontífice, que expressa o desgosto dos dissidentes em relação ao acordo que alcançou a libertação de 52 prisioneiros, dos quais 26 já foram libertados e enviados à Espanha, começou a circular na sexta-feira. "Não estamos de acordo com a postura que a hierarquia eclesiástica cubana teve em sua intervenção pelos presos políticos, ela é lamentável e embaraçosa", afirmou o texto. "Uma correta mediação sobre o tema haveria implicado os pedidos de ambas as partes. No entanto, a solução de exílio, aceita pelos que estão há sete anos injustamente presos somente por suas idéias, só beneficia a ditadura", acrescentou. Firmada por vários irmãos do dissidente Orlando Zapata Tamayo, morto após 85 dias de greve de fome por melhores condições nas prisões, a carta acusou a igreja da ilha de dar "apoio político" às autoridades; 26 dos 52 presos na repressão de 2003 conhecida como Primavera Negra aceitaram viver na Espanha e já foram enviados ao país. Ou seja, a solução ordinária proposta pela Igreja Católica é o degredo para os presos políticos. O restante do grupo, que quer continuar morando na ilha, ainda espera sua libertação. Após tomar conhecimento da carta aberta ao papa, a igreja cubana a considerou "ofensiva". "Quando a Igreja aceitou a missão de ser mediadora entre os familiares dos presos ou Damas de Branco e as autoridades cubanas, sabia que esta mediação poderia ser interpretada das mais distintas maneiras e provocar diversas reações: desde o insulto a difamação, até a aceitação e o agradecimento", afirmou um comunicado enviado pelo diretor da revista do arcebispado de Havana, Orlando Márquez. Ela se apresentou para mediar a crise porque não tem futuro em Cuba. E a Igreja Católica é tradicional por apoiar o regime facínora de Cuba. Perguntem ao frei Betto e a toda a oligarquia da Igreja Católica no Brasil e no resto da América Latina. É por isso que as igrejas estão cada vez mais vazias.

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