segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bandidagem petralha promove ataques em bairros da zona leste de São Paulo

Dez carros foram incendiados em regiões diferentes da zona leste de São Paulo, na madrugada deste domingo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater as chamas entre a 0h e as 3h40 da madrugada. Os casos foram registrados em sete bairros da cidade: Vila Carrão, Itaquera, Jardim Helena, Arthur Alvim, Cidade AE Carvalho, Lajeado e Vila Aimoré. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, apenas três ocorrências foram registradas na Polícia Civil. Um Fiat Linea ficou completamente destruído após ter sido incendiado na rua Sodré de Aragão, no Jardim Helena, por volta da 1h40. Segundo a polícia, o carro havia sido roubado, mas o dono não havia registrado a queixa e decidiu fazer o boletim somente após a localização do veículo. O caso foi registrado no 22º DP, em São Miguel Paulista. O proprietário de um pátio de veículos apreendidos foi surpreendido por um foco de incêndio por volta da 1 hora. Ele mesmo combateu as chamas, que não chagaram a danificar os carros que estavam no pátio da rua Professor Cosme Deodato Tadeu, em Lajeado. A terceira ocorrência foi registrada na rua Praia do Mucuripe, após um Passat ano 80 pegar fogo. O carro estava estacionado na rua quando foi incendiado, por volta das 2 horas. Entre ontem e a madrugada deste domingo, o comandante da Rota e o batalhão da corporação foram alvos de atentados. Durante a madrugada, dois homens que estavam em um veículo preto atiraram contra o quartel da Rota, na Estação Luz, afirma a polícia. Os policiais revidaram e atingiram um dos homens, que morreu no hospital. O outro, que dirigia o carro, fugiu. O comandante da Rota, o tenente-coronel Paulo Telhada, também sofreu um atentado na manhã de sábado, quando saía de casa, na zona norte. Um carro cinza com dois homens parou em frente ao seu veículo e disparou cerca de dez tiros. O oficial se escondeu agachado no carro e não foi atingido. A Polícia Militar informou que está investigando os ataques ao comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), tenente-coronel Paulo Telhada, e ao batalhão da corporação, ocorridos neste final de semana, e que concentra todos os esforços para prender os responsáveis. Apesar dos ataques ocorrerem em menos de 24 horas, o governador não vê ligação entre os casos. Alberto Goldman (PSDB) descarta que as ações sejam coordenadas por uma facção criminosa. Ele afirmou que o Estado está preparado para possíveis ataques e que não acredita que se repitam os ataques de 2006. Na verdade, os paulistas parecem já ter se acostumado. Sempre que há eleições, a petralhada promove atentados em série para ver se desestabiliza a sociedade paulista. A primeira onda de atentados do PCC (Primeiro Comando da Capital) aconteceu entre os dias 12 e 19 de maio de 2006, com 373 ataques que mataram 43 pessoas. Na ocasião, os principais alvos foram policiais e agentes penitenciários. Depois disso, o PCC promoveu outras duas séries, em julho e agosto.

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