sábado, 21 de agosto de 2010

Arruda diz que Roriz pagou propina para não ser processado na Justiça

José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, prestou depoimento a procuradores da República no qual fez revelações graves sobre o relacionamento do Ministério Público do Distrito Federal com o ex-governador Joaquim Roriz (PSC). Arruda contou que Roriz pagou propina para não ser denunciado à Justiça. A revista Época informa que teve acesso ao depoimento do ex-governador. Ele conta que, em 2007, Roriz foi flagrado em conversas telefônicas, em que acertava o recebimento de dinheiro suspeito. As conversas foram grampeadas com autorização judicial em meio à Operação Aquarela, em que a Polícia Civil do Distrito Federal investigou denúncias de fraudes em operações do Banco de Brasília, que levaram Roriz a renunciar ao mandato de senador. Apesar de todas as evidências, o Ministério Público do Distrito Federal só ajuizou uma ação por improbidade administrativa contra Roriz em abril deste ano, três anos depois da renúncia. Segundo Arruda, em julho do ano passado, a promotora de justiça Deborah Guerner lhe relatou ter recebido de Roriz três parcelas no valor de R$ 800 mil cada uma, como pagamento para o Ministério Público não ajuizar ação contra o ex-governador. Em depoimento prestado ao Ministério Público Federal, o delator Durval Barbosa afirmou ter sido procurado por Deborah Guerner e por seu marido, Jorge Guerner, para ajudá-los a receber R$ 800 mil de Joaquim Roriz. Seria mais uma parcela de um total de R$ 4 milhões que teria sido acertado para que o Roriz não fosse processado por causa da Operação Aquarela.

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