terça-feira, 20 de julho de 2010

Projetos de reserva e mina disputam área rica em ferro em Minas Gerais

Dois projetos distintos, um parque nacional e uma mina da Vale, disputam o mesmo espaço na serra da Gandarela, região central de Minas Gerais (a 50 quilômetros a leste de Belo Horizonte). O ICMBio (Instituto Chico Mendes), órgão do governo federal que cria e gere as unidades de conservação nacionais, estuda a implantação de um parque de 27 mil hectares na região (quase o tamanho da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro). Já a Vale quer extrair 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano com o Projeto Apolo, um investimento de R$ 4 bilhões. "É um dos maiores investimentos do setor minerário neste período", diz Cláudio Lopes, do departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais. A última grande aposta da Vale foi a mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), inaugurada em 2006, com a capacidade de extrair 30 milhões de toneladas de minério por ano. O problema é que a cava da mina Apolo, projetada para cerca de 900 hectares, está dentro da área que o ICMBio pretende para o parque.

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