segunda-feira, 5 de julho de 2010

Poeta Roberto Piva morre em São Paulo

O poeta Roberto Piva, de 72 anos, morreu às 15h30 de sábado. Ele estava internado no InCor (Instituto do Coração), em São Paulo, desde o dia 13 de maio. Piva teve falência múltipla dos órgãos em decorrência de insuficiência renal. O poeta sofria de mal de Parkinson há cerca de dez anos e descobriu um câncer na próstata, em metástase, durante a internação. Em janeiro, Piva já havia passado por uma angioplastia. O caos da cidade de São Paulo era sua maior fonte inspiradora. Em "Paranoia", publicado em 1963 e relançado em janeiro deste ano, Piva mergulhou em "torres chumbo", na "constelação de cinza" da metrópole e em "almas inoxidáveis flutuando sobre a estação das angústias suarentas". Sua obra completa foi publicada em três volumes pela editora Globo. O corpo de Roberto Piva foi cremado às 11 horas deste domingo no crematório da Vila Alpina. "O Piva é o poeta da rebelião. Fala-se muito da mitologia Piva rebelde andando pelas ruas de São Paulo, mas ele não era só isso. Ele trafegou pelo erotismo, pelo místico, ele transcendia", afirma Renata D'Elia, jornalista e escritora, amiga do poeta.

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