quarta-feira, 14 de julho de 2010

PDT gaúcho acoberta ação "traidora" de Alceu Collares

A Executiuva Estadual do PDT no Rio Grande do Sul reuniu-se na manhã desta quarta-feira com uma pauta: decidir que não iria decidir no caso do ex-governador Alceu Collares, que "traiu" ostensivamente a decisão partidária de se coligar com o PMDB em apoio à candidatura de José Fogaça ao governo do Estado, e anunciou seu apoio ao peremptório petista Tarso Genro. A Executiva Estadual do PDT ficou reunida por três horas e decidiu que nada decidiria, e esperaria por nova manifestação de Alceu Collares, que deverá ocorrer na instalação de um comitê suprapartidário, no sábado. Ou seja, a decisão de não decidir equivale a um salvo-conduto partidário para que o ex-governador Alceu Collares prossiga em sua campanha aberta em favor do candidato petista, o peremptório Tarso Genro. Collares já agendou para a próxima semana uma reunião em Porto Alegre com prefeitos trabalhistas, que anunciarão o seu apoio à candidatura do PT ao governo do Estado. E a direção partidária prossegue com seu jogo dúvido, alimentando a traição no partido. No PMDB, alguns dirigentes acreditam que o PDT se prestou, desde os primeiros momentos da negociação para montagem da coligação, ao serviço determinado pelo PT, de minar a campanha de Fogaça. Collares é um empedernido consumidor de pratos de lentilha, da marca Itaipu. Apesar do serviço que presta ao petismo, para enfraquecer a candidatura de José Fogaça, como um "traidor" expresso do compromisso partidário, Alceu de Deus Collares é tratado com desprezo por altos dirigentes do PT, que debocham da sua submissão em troca de 25 mil reais pelo mandato de conselheiro na empresa estatal Itaipu Binacional. Na reunião da Executiva Estadual, chegaram a ser examinadas propostas de levar Collares ao Conselho de Ética, formuladas pelo candidato a vice na chapa de Fogaça, o deputado federal Pompeo de Mattos, e pela candidata a suplente de senador, Licia Peres. As propostas não tiveram prosseguimento, o que espelha a explícita dubiedade do PDT. Aliás, Lícia Peres é uma trabalhista de alma petista, amicissima de Dilma Rousseff, candidata do PT à Presídência da República.

Um comentário:

Anônimo disse...

D. Collares!

E agora...?
Como trabalhista qual é o rumo a tomar?
Me questiono, se eles propuserem uma CPI, mesmo sendo suja, apoiaremos?
É uma pena que ao final de uma brilhante carreira política faltou coerência.
Como eleitor me sinto traído e como gaúcho envergonhado.
Em minha simples e modesta análise, apesar de tudo, para serem respeitados restaram apenas nossos cabelos brancos.

Walmor Gasparotto
Novo Hamburgo