quinta-feira, 15 de julho de 2010

Para Banco Central, desafio agora é baixar tarifas de cartões

Com o fim da exclusividade das máquinas de leitura de cartões de crédito, o Banco Central acredita que, agora, os desafios do setor passam a ser a redução das tarifas cobradas de lojistas e consumidores e a concorrência da bandeiras de emissão dos cartões. Segundo o chefe do Departamento de Operações Bancárias e do Sistema de Pagamentos do Banco Central, José Antônio Marciano, o fim da exclusividade no credenciamento de lojistas abre espaço para o aumento desse tipo de concorrência. Marciano ponderou que o prazo de recebimento do dinheiro pelos lojistas no Brasil é maior. Enquanto um comerciante brasileiro demora, na média, 28 dias para receber o pagamento feito no cartão de crédito, um lojista no Exterior recebe em 2 a 15 dias em boa parte dos casos. A atualização da pesquisa sobre cartões de crédito do Banco Central mostrou que nos últimos dois anos aumentou a participação dos cartões com chip e do segmento "premium", para alta renda. Segundo o levantamento, as transações com cartões com chip na função crédito passaram de 9,3% no fim de 2007 para 41,2% em 2009. Na função débito, a participação desse tipo de plástico avançou de 15,5% para 39,4% no mesmo período. Segundo o relatório, "o crescente uso de cartões com esse tipo de tecnologia contribuiu fortemente para a redução das fraudes nas compras presenciais, uma vez que são mais seguros do que os cartões que possuem apenas tarja magnética, mais suscetível à clonagem. Essa migração para o chip é iniciativa das próprias instituições financeiras, que têm interesse em reduzir as fraudes.

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