segunda-feira, 12 de julho de 2010

Oposição pede que Justiça investigue Néstor Kirchner por lavagem de dinheiro

A opositora Coalizão Cívica pediu nesta segunda-feira à Justiça da Argentina que investigue o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) por lavagem de dinheiro, informaram fontes judiciais. A denúncia foi apresentada ao juiz Julián Ercolini pelos deputados Juan Carlos Morán, Carlos Comi e Horacio Piemonte. Eles pedem em carta ao magistrado que avalie vínculos entre este crime e o crescimento do patrimônio do ex-presidente nos últimos anos. "Achamos que o crescimento patrimonial não só poderia configurar o crime de enriquecimento ilícito, mas também que é a prova do crime de lavagem de ativos", assinala a denúncia. Os deputados também pediram que a Justiça investigue a compra de US$ 2 milhões (R$ 3,5 milhões) que Kirchner fez em outubro de 2008, em plena crise financeira internacional, causa que foi arquivada por outro juiz em junho. Nesse sentido, também envolveram a presidente argentina, Cristina Fernández Kirchner, esposa do ex-governante. "Consideramos que neste caso o crime é evidente, já que ao Néstor Kirchner conseguir um benefício econômico com esta operação, quem definitivamente enriquece é a presidente Cristina por a vantagem lucrativa ser obtida de um bem adquirido pelo casal no casamento", precisa o texto. "Portanto, o crime teria sido consumado pela própria presidente através de Néstor Kirchner e com seu consentimento, desde o momento em que ele mesmo e conforme à informação privilegiada que Cristina lhe brindava foi quem realizou a compra de US$ 2 milhões", aponta. O aumento patrimonial dos Kirchner foi motivo de denúncias penais apresentadas por forças da oposição política ano passado, quando o casal apresentou uma declaração jurada segundo a qual seu capital tinha aumentado em 2008 em 158%, até US$ 12,1 milhões (R$ 21,2 milhões).

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