sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ministério Público pede multa de até R$ 106 mil contra Dilma por uso da máquina pública

O Ministério Público Eleitoral ajuizou nesta quinta-feira representação contra a presidenciável Dilma Rousseff (PT) por uso da máquina pública no discurso do primeiro dia de campanha, feito no Rio Grande do Sul. A procuradoria pede multa de R$ 5 mil a R$ 106 mil por propaganda eleitoral na cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Farroupilha, realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e veiculada pela TV Assembléia do dia 6 de julho. O Ministério Público afirma que a TV Assembléia infringiu a Lei das Eleições, que proíbe os agentes públicos de cederem, em benefício de candidato, bens pertencentes à administração pública. De acordo com a representação, Dilma Rousseff fez uso da palavra para realizar "nítida" propaganda eleitoral em seu favor, enaltecendo os programas sociais do governo Lula e que as declarações teriam sido repercutidas na imprensa. "Não há como deixar de reconhecer a responsabilidade da TV Assembléia do Rio Grande do Sul pela prática da conduta tendente a afetar a igualdade de oportunidade entre os candidatos ao pleito eleitoral, visto que houve cessão de parte de sua programação para veicular propaganda eleitoral", diz a ação. A procuradoria pede a aplicação das sanções tanto para a candidata quanto à TV Assembléia gaúcha. Esta televisão da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul é dirigida por Celina Canabarro, filha de Neusa Canabarro, mulher do ex-governador gaúcho Alceu Collares, do PDT, que está apoiando a campanha do peremptório petista Tarso Genro. E o setor de comunicações da Assembléia Legislativa gaúcha é chefiado por Carlos Bastos, jornalista também do PDT, que tem vinculações familiares com a família de João Goulart e Leonel Brizola. Ou seja, trabalhistas que dominam a área de comunicação da Assembléia Legislativa puseram este setor a serviço da campanha da petista Dilma Rousseff.

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