segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ministério Público dá parecer favorável à transferência de Suzane von Richthofen

O Ministério Público paulista deu parecer favorável à transferência de Suzane von Richthofen para um centro de ressocialização. Ela está presa na penitenciária de Tremembé (a 147 quilômetros de São Paulo), condenada a 38 anos de prisão por tramar e participar da morte dos seus pais, em 2002. A juíza da Vara de Execuções de Taubaté, Sueli Zeraik Oliveira Armani de Menezes, deve julgar o pedido de transferência feito pela defesa de Suzane ainda nesta semana. O promotor do caso, Paulo Rogério Bastos, afirmou que Suzane preenche o perfil para cumprir pena em um centro de ressocialização. "Ela vai continuar cumprindo pena em regime fechado. A diferença é que um centro de ressocialização tem menos presos e uma outra filosofia de prisão. O que ela não pode é ir para o regime semiaberto", afirmou o promotor. Suzane passou pelo Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro em 2007. Após ameaças de outras presas, ela foi transferida para a a penitenciária de Tremembé pela Secretaria de Administração Penitenciária. Em junho, a Justiça negou o pedido de progressão para o regime semiaberto. O relator do processo, o desembargador Damião Kogan, afirmou que Suzane não tem estabilidade emocional para obter o benefício, pois demonstrou "uma frieza incomum na elaboração e execução do plano do assassinato dos pais". Ora, se ela não condições para a vida social, ou seja, para a ressocialização, razão pela qual não vai para o regime semi-aberto, então como pode ir para um centro de ressocialização? Isso é uma incongruência. O problema é que a Justiça não sabe o que fazer com a assassina Suzane von Richthofen. Ela foi condenada a uma pena de mentira, de 39 anos, porque a lei brasileira impede que qualquer preço cumpra mais de 30 anos. Pela lei, cumprido um sexto da pena, ela teria direito a ir para o regime semi-aberto, a rigor, a entrada em liberdade. E ela já tem muito mais do que esse um sexto da pena cumprido. Resumindo: arquitetar o assassinato de pai e mãe, encomendar os crimes e participar da execução deles, não custa mais do que oito anos de cadeia no Brasil. Essa é a real.

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