sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lula usa recursos públicos e obras de papel para fazer campanha no Rio Grande do Sul

O presidente bolivariano Lula tirou esta quinta-feira para fazer campanha eleitoral desbragada no Rio Grande do Sul, usando recursos públicos. Ele começou, pela manhã, participando do início das obras de cobertura do estádio Beira Rio, do Internacional. Como sempre faz em seu governo, ele se apropriou de obras da iniciativa privada, no caso, o Internacional, como se fosse uma grande obra de sua administração. Ali ele deu por iniciada a campanha para o Mundial de 2014. Do Beira Rio, Lula se dirigiu para um encontro eleitoreiro com pequenos proprietários rurais em Santa Cruz do Sul. Foi um evento criado especificamente para justificar a sua agenda, porque a reunião com os produtores donos de microusinas de biodiesel no Centro de Formação e Produção de Alimentos e Energia São Francisco de Assis não teve a menor importância. A produção deles é absolutamente marginal, e o programa não leva a nada. Depois disso, Lula se deslocou para Porto Alegre, para o que seria o verdadeiro motivo de sua vida, o comício da campanha de Dilma Rousseff e do peremptório Tarso Genro. Em seu discurso, Lula falou da importância do Programa Mais Alimentos, ressaltando que as pessoas devem ficar no campo com mais qualidade de vida: "Com iniciativas como a do Programa Mais Alimentos é que o homem do campo tem condições de produzir mais com o mais importante que é com qualidade". Foi uma monumental besteira, das tantas que Lula diz. A tal agriculgura familiar tão exaltada pelo PT é incapaz de produzir minimamente o que o Brasil precisa para sua alimentação. No lado de fora do Ginásio Gigantinho, do complexo Beira Rio, do Internacional, uma dezena de cavaletes do candidata petista Henrique Fontana exaltava os programas do governo Lula. E centenas de cartazes em grande tamanho da candidata Maria do Rosario estampavam a disponibilidade de recursos existente em sua exuberante campanha. Dilma Rousseff aproveitou o terceiro comício ao lado do presidente Lula para subir o tom nos ataques à oposição. "Eles têm duas caras. Uma nas eleições e a outra na hora de governar. Eles governam para um terço da população", disse ela. A petista também se comparou com Lula e disse que não pode errar se eleita: "Eu também não posso errar, porque as mulheres desse País tem de seguir sendo, tendo como uma das suas oportunidades, ser presidente da República". Segundo ela, Lula deve sentir o momento que deixará a Presidência daqui cinco meses: "Eu trabalhei com o presidente Lula e sei quanto será duro ver o presidente descendo a rampa do Palácio do Planalto, porque eu sei a obra e o tamanho da obra feita por ele". Que obra..... Ao lado do candidato do PT ao governo gaúcho, Tarso Gerno, Lula também criticou a oposição acusando-a de tentar um golpe: "Foram oito anos de provocações, de ataques e de infâmias", disse o o chefe da KGB petista. Todo o aparato do governo federal foi mobilizado para garantir com dinheiro público a presença no comício em favor de Dilma Roussef e Tarso Genro, tanto do presidente Lula, de quatro dos seus ministros, quanto de dezenas de dirigentes e assessores. Pela primeira vez foi realizada uma reunião do Conselho de Desenvolvimento em Porto Alegre, na Fiergs, entidade de classe industrial completamente subordinada, hoje, ao petismo. Pela manhã, antes da ida para o estádio do Beira Rioo, o presidente, ministros, diretores e assessores ocuparam a vazia Usina do Gasômetro (Lula chamou a usina de Usina do Gasênio), onde Lula participou de tres atos diferentes: 1) o lançamento do edital para a duplicação da Tabaí-Canoas, obra que nem de longe iniciará no seu governo (ou seja, Lula esteve no Estado para iludir os gaúchos com uma obra de papel, uma miragem); 2) a ordem para o início das obras da duplicação da rodovia Porto Alegre-Pelotas, que também não começará durante seu governo (outra obra de papel, outra miragem); 3) a assinatura do financiamento de R$ 420 milhões para a prefeitura de Porto Alegre, que com o dinheiro da Caixa tocará obras bancadas por ela mesma (ou seja, não há um pila do governo federal, tudo será pago pelo contribuinte de Porto Alegre). E ainda achou tempo, naturalmente, para falar de outra ilusão, a BR 101. Ele passou oito anos no governo e não completou a duplicação da BR 101. Desta vez, mais uma vez, ele resolveu lançar as culpas sobre a "perereca" e o Ibama. Esse é Lula. Para conseguir dar a impressão de Gigantinha lotado, o PT e a equipe de Lula fizeram os diretórios municipais da Grande Porto Alegre deslocarem ônibus para o comício. Na Avenida Padre Cacique, em frente ao ginásio, a intervalos de cada quatro metros, moças contratadas abanavam bandeiras petistas.

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