quarta-feira, 28 de julho de 2010

Lula rejeita se envolver em caso de iraniana condenada ao apedrejamento pela ditadura fascista islâmica

As campanhas mundial e nacional na internet e no twitter pela libertação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, não sensibilizaram o presidente petista bolivariano Lula. Questionado nesta quarta-feira no Palácio do Itamaraty sobre a campanha "Liga Lula", disse que não pode passar o dia atendendo a pedidos e que as leis dos países devem ser respeitadas. "Um presidente da República não pode ficar na internet atendendo todo o pedido que alguém pede de outro país. É preciso tomar muito cuidado porque as pessoas têm leis, as pessoas têm regras. Se começarem a desobedecer as leis deles para atender o pedido de presidentes daqui a pouco vira uma avacalhação", disse ele. Em seguida, Lula complementou que não acha certo "nenhuma mulher deveria ser apedrejada por conta de traição". Mãe de dois filhos, Ashtiani recebeu 99 chicotadas após ter sido considerada culpada, em maio de 2006, de ter uma "relação ilícita" com dois homens. Depois, foi declarada culpada de "adultério estando casada", crime que sempre negou, e condenada a morte por apedrejamento. O anúncio de que a aplicação da pena poderia ser iminente despertou uma grande mobilização internacional, e países como França, Reino Unido, Estados e Chile expressaram suas críticas à decisão de Teerã. O governo islâmico disse então que suspenderia a pena, até segunda ordem. Mas, a diplomacia vagabunda de Lula ficou incrivelmente muda. Um abaixo-assinado aberto há cerca de um mês na internet deu impulso mundial à campanha pela libertação da iraniana. O documento conta com mais de 114 mil assinaturas. A lista tem assinaturas de célebres brasileiros, como Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque e Caetano Veloso. Farshad Hoseini, diretor do Comitê Internacional contra Lapidação (morte a pedradas) e autor do documento, explica que a ideia é que a pressão internacional chegue ao governo iraniano. Lula é assim mesmo, ele chegou a Cuba no dia em que morreu preso político em greve de fome, e não fez nada pelos outros presos. Ao contrário, chamou de bandidos comuns os presos políticos em greve de fome na ditadura cubana dos irmãos facínoras Fidel e Raul Castro.

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