segunda-feira, 5 de julho de 2010

Justiça aceita que Argentina processe manifestantes por bloqueio de ponte

A Justiça argentina aceitou que o Estado participe da acusação no processo contra manifestantes que bloquearam a ponte internacional General San Martín, que liga a localidade argentina de Gualeguaychú à uruguaia Fray Bentos. A decisão foi anunciada pelo juiz federal de Concepción del Uruguay, Gustavo Pimentel. O Estado argentino pretende acusar um grupo de ativistas por uma série de crimes cometidos durante os últimos quatro anos. Na próxima semana, o chanceler argentino, Héctor Timerman, deverá se reunir com representantes da Assembleia Ambiental de Gualeguaychú, com os quais deverá discutir uma solução permanente à divergência que desencadeou um dos mais graves conflitos da Argentina com o Uruguai. Os manifestantes, que deixaram a ponte no último mês e devem mantê-la aberta por um período de 60 dias, denunciam que a fábrica de pasta de celulose UPM (ex-Botnia), instalada do lado uruguaio da fronteira, é poluente. Contudo, em resposta à ação interpelada pela Argentina contra o Uruguai, a Corte Internacional de Justiça de Haia apontou que a indústria não polui o rio Uruguai.

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