domingo, 25 de julho de 2010

Índios querem criar Estado independente em Roraima, diz relatório da Abin

Um relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) revela preocupação com a criação de um Estado indígena independente em Roraima, "com apoio de governos estrangeiros e ONGs". O documento foi enviado pelo serviço secreto para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência neste ano. O texto diz que índios de Roraima teriam o desejo de "autonomia política, administrativa e judiciária". Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional afirmou que "não se pronuncia sobre atividades de inteligência". O relatório diz que o CIR (Conselho Indígena de Roraima) "passou a defender abertamente a ampliação e demarcação de outras terras indígenas" após o julgamento da reserva Raposa/Serra do Sol pelo Supremo Tribunal Federal, em 2008. A preocupação da Abin é que o Conselho Índigena de Roraima (na verdade, uma instituição da igreja católica comunista) forme "um cinturão de reservas indígenas". Segundo a Funai, as 32 terras indígenas de Roraima ocupam 46% da área do Estado. Apesar das rivalidades entre as nove etnias indígenas de Roraima, a Abin aponta a existência de milícias armadas de índios. "Revólveres e espingardas foram encontrados e foram contrabandeadas da Venezuela e da Guiana", diz o documento. A Abin diz ainda que a advogada licenciada do Conselho Indígena de Roraima, Joênia Batista de Carvalho, confidenciou um desejo dos índios junto ao Congresso: a transformação da Raposa/ Serra do Sol no primeiro território autônomo indígena. A agência também se mostra preocupada com a ratificação do Brasil à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, assinada em 2007 na ONU. Para a Abin, se confirmado pelo Congresso, torna ineficaz "as restrições elaboradas pelo Supremo ao usufruto da terra pelos índios".

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