quarta-feira, 28 de julho de 2010

Flamengo pediu adiamento de depoimento de Bruno sobre sequestro de Eliza em 2009

Agora está comprovado, o Flamengo, em cartas com papel timbrado do clube, pediu duas vezes em outubro de 2009 à delegacia de atendimento à mulher que fosse adiado o depoimento do goleiro Bruno Fernandes sobre as acusação da sua ex-amante, Eliza Samudio. Ou seja, diante de grave possibilidade de ocorrência de violência contra a mulher, o Flamengo protegeu seu jogador. Na época, a delegacia havia aberto inquérito policial para apurar supostos sequestro e agressão de Eliza, que estava grávida. Segundo ela, Bruno era o pai de seu filho. Por rejeitar a paternidade, o jogador a teria agredido. Os crimes teriam ocorrido entre a noite do dia 12 e madrugada de 13 de outubro, quando foi aberta a investigação. Na primeira carta, do dia 16, o Flamengo diz que o time enfrentaria o Palmeiras em São Paulo no fim de semana. O clube rubro-negro afirma que ausência de Bruno causaria "extremo prejuízo" porque o jogo seria contra o líder do campeonato brasileiro. No dia 18, um domingo, o Flamengo ganhou de 2 a 0. Já em outra carta, registrada na polícia no dia 21, o Flamengo argumenta que Bruno estava em treinamento em tempo integral. O jogador só foi ouvido no dia 4 de novembro, quando disse ser vítima de tentativa de extorsão, pois Eliza sempre falava em "mais dinheiro". Segundo o jogador, ela "ficava nervosa" ao ouvir falar sobre teste de DNA para comprovar paternidade do bebê. O inquérito, então paralisado, foi concluído após o sumiço de Eliza, em junho, quando deve ter sido assassinada. A Promotoria de Justiça do Rio de Janeiro denunciou Bruno por lesão corporal, sequestro e cárcere privado, crime supostamente cometidos em 2009. O desaparecimento de Eliza é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais. Ele é suspeito de envolvimento no sumiço e suposto assassinato da ex-amante. Até agora o Flamengo segue pagando os milionários salários do goleiro Bruno.

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