segunda-feira, 5 de julho de 2010

Em Córdoba, começa primeiro julgamento de ex-ditador argentino

O ex-ditador argentino Jorge Videla voltou na sexta-feira ao banco dos réus pela primeira vez desde 1985, em audiência sobre o fuzilamento de presos políticos em prisões da Província de Córdoba durante o regime militar. As principais acusações pelas quais Videla será julgado são as de crimes contra a humanidade cometidos na Unidade Penitenciária de Córdoba durante a ditadura. Videla, de 84 anos, será julgado junto com outros 24 acusados, incluindo o ex-chefe militar Luciano Menéndez, condenado à prisão perpétua em outros dois julgamentos recentes. O ex-ditador foi levado há um ano e meio a uma prisão da unidade militar de Campo de Mayo, depois que o juiz federal Norberto Oyarbide revogou sua prisão domiciliar, e é processado, entre outras causas, pelo sequestro de menores durante a ditadura. O ex-ditador argentino Jorge Videla vai enfrentar outra corte judicial a partir do dia 10 de agosto pelo sequestro e assassinato de um estudante durante a ditadura. O julgamento contra o primeiro dos quatro governantes da ditadura argentina (1976-1983) acontecerá na Província de Santiago del Estero, a 1.100 quilômetros de Buenos Aires. A data foi fixada pelo Tribunal Oral Federal de Santiago del Estero, que levará adiante o processo pelo sequestro e assassinato do estudante Cecilio Kamenetzky, ocorrido em 1976. Além de Videla, na causa também são acusados os ex-comandantes Antonio Domingo Bussi e Luciano Benjamín Menéndez, que em 2008 foram sentenciados a prisão perpétua pelo desaparecimento em 1976 do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse. Também estarão no banco os ex-policiais Moussa Acaso Curi, Ramiro do Vale López Veloso e Miguel Tomás Garbi, acusados dos crimes de privação ilegítima de liberdade, tortura, homicídio qualificado e formação de quadrilha.

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