sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dilma Rousseff repudia crime contra mulheres, mas anda com Netinho de Paula

Não demorou muito para que o caso do ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes das Dores de Souza, acusado pelo desaparecimento de Eliza Samudio, invadisse o universo eleitoral. Candidata do PT à sucessão do presidente Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff disse, na quinta-feira, que “o Brasil repudia um crime com essa barbaridade, com essa perversidade”. Em visita a Bauru, no interior de São Paulo, a neopetista Dilma lembrou a importância da aprovação, durante o governo do presidente Lula, da lei Maria da Penha, que coíbe a violência doméstica e contra a mulher. “O primeiro indício de crime contra a mulher, que pode ser a violência mais banal, mais doméstica, tem que ser coibido porque senão se abre espaço para alguém supor que fica impune matando uma mulher dessa forma”, declarou a candidata. Tudo muito bem, pois qualquer tipo de agressão física representa uma insanidade. Contra uma mulher a situação piora de maneira exponencial. Acontece que Dilma Rousseff fala uma coisa e faz outra completamente diferente. Em suas incursões no estado de São Paulo, Dilma tem contado com a companhia do vereador e pagodeiro Netinho de Paula, candidato do PCdoB ao Senado Federal. Netinho de Paula foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por agredir fisicamente, com doses de violência e brutalidade, sua então esposa, a decoradora Sandra Mendes de Figueiredo Crunfli. A presidenciável do PT não pode alegar desconhecimento, adotando o bordão utilizado pelo presidente Lula. Como se não bastasse, Aloizio Mercadante, Marta Suplicy e Alexandre Padilha (ministro de Relações Institucionais) não apenas fingem desconhecer o caso, como enaltecem de maneira irresponsável a figura de Netinho de Paula. Ou seja, as afirmações de Dilma Rousseff são vazias, na prática ela faz ao contrário do que diz.

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