segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tuma Júnior é exonerado do cargo de secretário nacional de Justiça

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, suspeito de envolvimento com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, acusado de contrabando, foi exonerado do cargo nesta segunda-feira. Ele estava de férias e retornando ao trabalho. Segundo o Ministério da Justiça, estando fora do cargo, Tuma Júnior poderá melhor promover sua defesa no caso. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, encaminhou nesta segunda-feira ao Planalto o ato de exoneração. Tuma Júnior responde a três procedimentos investigativos junto à Comissão de Ética da Presidência da República, junto ao próprio ministério e à Polícia Federal. Investigação da Polícia Federal mostra que há suspeitas de que o secretário ajudou Paulo Li a regularizar a situação de imigrantes ilegais e interveio para liberar mercadoria apreendida. Nas gravações, Tuma Jr. trata da compra de um celular e de videogame. Li foi assessor de Tuma Jr. quando ele era deputado estadual. A prisão do chinês e de mais 15 pessoas ocorreu em setembro de 2009, após a Polícia Federal deflagrar as operações Wei Jin (em chinês, trazer mercadoria proibida) e Linha Cruzada. Juntas, as duas operações tinham o objetivo de combater o contrabando de mercadorias e o vazamento de informações sigilosas, desarticulando uma quadrilha especializada no contrabando de celulares falsificados chineses. De acordo com a Polícia Federal, além de Paulo Li, a organização era integrada por despachantes aduaneiros, lojistas, gráficos, um ex-oficial do Exército Brasileiro e até mesmo um ex-membro do Serviço Secreto do Chile. Na época, a Polícia Federal acusou “um conhecido mestre de Kung fu” de ser um importante membro do grupo, responsável por movimentar mais de R$ 1 milhão mensais revendendo os aparelhos que recebia da China. Além de ter sido instrutor de Kung fu de Tuma Júnior, Paulo Li deu aulas na superintendência paulista da Polícia Federal quando o pai do secretário, o atual senador Romeu Tuma (PTB-SP), era superintendente do órgão.

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