quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quadrilha que fraudava concursos é desarticulada pela Polícia Federal

Uma quadrilha que fraudava concursos foi desarticulada nesta quarta-feira pela Operação Tormenta, da Polícia Federal. As investigações comprovaram que seis candidatos que já estavam na Academia da Polícia Federal se beneficiaram do esquema da quadrilha. Essas pessoas foram desligadas da academia e indiciadas por receptação e estelionato. Os candidatos iriam se formar sexta-feira, na Academia de Polícia Federal, e depois seriam efetivadas como agentes da Polícia Federal. Além do concurso para agente da Polícia Federal, foram comprovadas fraudes nos últimos concursos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de auditor fiscal da Receita Federal. Segundo o diretor de Inteligência da Polícia Federal, Marcos Davi Salem, durante a aplicação da prova do concurso da OAB um dos fiscais verificou que havia anotações no caderno de provas de um dos candidatos, o que é proibido pelas regras do concurso, e recolheu o material. O fiscal verificou que as anotações eram respostas das questões da prova. Sobre o concurso da Receita Federal de 1994, Salem explicou que na época foram divulgadas informações de fraude no concurso. Por meio de uma ação judicial, 41 pessoas foram autorizadas a fazer o curso de formação, no qual seria aplicada uma prova final. Como não conseguiram acompanhar o curso, elas pediram à quadrilha as respostas da prova. Foi nesse novo contato que a Polícia Federal verificou a fraude. Por decisão da Justiça, essas pessoas teriam direito a uma indenização no valor de R$ 123 milhões por salários atrasados. A quadrilha receberia parte desse valor. Os criminosos cobravam entre R$ 50 mil e US$ 150 mil para que os candidatos tivessem acesso aos cadernos de questões. Além disso, cobravam R$ 30 mil para fornecer diplomas aos candidatos. Entre os líderes da quadrilha estão um policial rodoviário federal e um dono de universidade de São Paulo. Os últimos concursos realizados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de fraude.

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