domingo, 13 de junho de 2010

Para Sarney, Dilma teve vida "oculta", mas não guardou "ódios"

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), disse no sábado que a ex-ministra e candidata petista à presidência Dilma Rousseff teve uma "vida oculta" durante a ditadura militar, mas não guardou "ódios" nem "ressentimentos" e, por isso, está apta a governar o País. "Dilma é uma mulher sobretudo competente, que tem uma bagagem de administração pública muito grande, uma mulher de inteligência, de cultura. E que teve uma vida oculta mas que, ao mesmo tempo, não guardou, não teve ódios, não teve ressentimentos e hoje está extremamente preparada para governar o Brasil", disse Sarney, durante convenção do PMDB, em Brasília. "Vida oculta" é um eufemismo empregado por Sarney, que tem pretensões literárias. Verdadeiramente, Dilma Rousseff teve uma "vida clandestina", como militante de organização terrorista, a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). Para Sarney, as eleições deste ano serão "históricas" pela possibilidade de o País eleger pela primeira vez uma mulher para ocupar a presidência da República. "Isso significa uma coisa extraordinária, uma revolução, a ascensão das mulheres e a grande luta das mulheres até chegar à presidência da República", afirmou ele. Parece não haver limites, no Brasil, para a demagogia barata.

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