quinta-feira, 17 de junho de 2010

Operação da Polícia Federal comprova ligação entre PCC e Comando Vermelho

A Polícia Federal afirmou, na manhã desta quinta-feira, que a prisão de 13 pessoas, entre quarta e esta quinta-feira, por tráfico internacional de drogas e armas durante a operação Patente, comprova a ligação entre as duas principais facções criminosas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro: o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho. Entre os presos está Benedito Ramos, conhecido como Tinho, integrante do PCC e, segundo a polícia, o responsável pela logística de transporte das armas e drogas que vinham do Paraguai. Tinho foi preso, na tarde de quarta-feira, no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, quando chegava de São Paulo para uma reunião da quadrilha em um restaurante luxuoso na rua Barata Ribeiro, em Copacabana. No restaurante foram presas outras quatro pessoas. Entre elas, o líder da quadrilha, Lenildo da Silva Rocha, que estava solto há dez dias e comandava o tráfico em uma favela de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Antes de ser solto, ele comandava o grupo do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio de Janeiro). A advogada de Lenildo da Silva Rocha, Eunice Fábio dos Santos, também foi presa no restaurante. De acordo com a Polícia Federal, ela era responsável pelas movimentações financeiras da quadrilha e recolhia a renda das vendas das armas nas comunidades da Baixada Fluminense. Para os policiais, a advogada alegou que ia até a região buscar seu salário. Segundo a Polícia Federal, as armas que vinham do Paraguai, além de serem revendidas em favelas da baixada, iam para Petrópolis (região serrana do Rio de Janeiro), onde uma pessoa também foi presa, e eram usadas pela própria quadrilha. O transporte de drogas e armas era feito por uma empresa de transporte de cargas, localizada no Rio de Janeiro, de propriedade de Luciano de Azevedo Ananias, que também foi preso pela Polícia Federal. O delegado Enrico Zambrotti, da Polícia Federal, afirmou que a investigação (iniciada em janeiro) apontou que a quadrilha faturava cerca de R$ 1 milhão por mês com a negociação de pelo menos 15 fuzis. "A coordenação das atividades ilícitas era feita por presidiários ligados a facção criminosa Comando Vermelho que tinha um elo direto com PCC, em São Paulo", afirmou.

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