terça-feira, 29 de junho de 2010

Jornalista peruana e marido uruguaio estão entre acusados de espionar nos Estados Unidos

A jornalista peruana Vicky Peláez, colunista do jornal em espanhol "El Diário/La Prensa", está entre os dez presos nos Estados Unidos por atuação ilegal no país como agentes da inteligência russa. Peláez e seu marido, o uruguaio Juan Lázaro, foram presos no domingo em sua casa em Yonkers, ao norte de Nova York, e compareceram nesta segunda-feira a um tribunal federal em Manhattan. Ambos estão entre os presos nas últimas horas por realizar durante "um longo tempo" missões secretas nos Estados Unidos, atuando "de maneira ilegal" como agentes para a Rússia. Segundo documentos judiciais divulgados nesta segunda-feira, Peláez e Lázaro fizeram durante anos viagens a um país sul-americano no qual "passavam mensagens secretas" aos oficiais do governo da Rússia, e recebiam dinheiro por seus serviços. Esses documentos, que registram conversas entre o casal interceptadas pelas autoridades americanas, asseguram que ambos viajaram repetidamente ao mesmo país, onde "um representante do governo da Rússia entregava pacotes que continham dinheiro". Conta, por exemplo, que em uma ocasião Peláez voltou aos Estados Unidos com oito sacolas com US$ 10 mil em cada uma, e afirma que há várias fotos de Lázaro com um representante do governo russo. Peláez, que vive há quase 30 anos nos Estados Unidos e cuja família é de Machu Picchu, trabalha há mais de 20 anos para o "El Diário/La Prensa", onde foi repórter e editora da seção dedicada a América Latina. Também é conhecida por escrever uma coluna, com a qual ganhou fama de defensora dos líderes bolivarianos, principalmente o ditador da Venezuela, Hugo Chávez, e os tiranos cubanos. Dez agentes de inteligência foram presos acusados de atuarem como agentes ilegais do governo russo nos Estados Unidos, informou nesta segunda-feira o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Segundo registros judiciais do caso, o governo americano interceptou uma mensagem da central de inteligência russa em Moscou a dois dos acusados. A mensagem afirma que a missão deles era "encontrar e desenvolver ligações nos círculos políticos nos Estados Unidos" e enviar relatórios de inteligência. Todos os dez foram acusados de ato de conspiração como agente de um governo estrangeiro, que leva pena máxima de cinco anos de prisão.

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