segunda-feira, 7 de junho de 2010

Israel já deportou novos ativistas que queriam afrontar o bloqueio naval a Gaza

Israel começou a deportar neste domingo os ativistas do navio irlandês Rachel Corrie, abordado no sábado pela Marinha israelense, em uma operação tranquila, ao contrário do que ocorreu na última segunda-feira, quando a abordagem de Israel á flotilha terrorista turca deixou nove mortos e dezenas de feridos. Sete integrantes do navio Rachel Corrie já estão na Jordânia, e os outros quatro devem deixaram Tel Aviv de avião. Um cubano e seis malaios (o deputado Mohd Nizar Zakaria, dois jornalistas da emissora malaia TV3 e três funcionários da organização "Perdana Global Peace") cruzaram a ponte de Alenby, na fronteira entre a Cisjordânia e a Jordânia. Pergunta: porque o cubano não vai tentar furar o bloqueio norte-americano a Cuba? "Todas as pessoas do navio serão deportadas no domingo, depois de terem assinado um documento em que abrem mão de recorrer à Justiça israelense contra a expulsão", disse a porta-voz do serviço de imigração de Israel, Sabin Hadad. Ao total o navio levava 19 pessoas, sendo 11 ativistas e oito membros da tripulação. As 12 pessoas remanescentes foram levadas ao Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, e de lá despachadas para seus países de origem. De acordo com a porta-voz Sabin Hadad, a saída de Mairead Maguire, de 66 anos, irlandesa ganhadora do prêmio Nobel da Paz e conhecida defensora da causa palestina, e dos outros ativistas, foi atrasada porque eles se recusavam a assinar o documento proposto pela Imigração isralense, obrigando-os a renunciarem seus direitos de apelarem contra a deportação. O secretário-geral da ONU, o coreano Ban Ki-moon, contatou o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, falando sobre a necessidade de se instalar uma comissão internacional de investigação. Por que o Ban Kimoon não determina uma investigação da Coréia do Norte, por ter afundado por um míssel um destróier sul-coreano? A comissão seria integrada por Israel, Turquia e Estados Unidos, e o premiê neozelandês, Geoffrey Palmer. Israel rejeitou prontamente a proposta, que representaria uma quebra de sua autonomia. A ONG "Free Gaza", que dá apoio internacional às organizações terroristas islâmicas, anunciou neste domingo que uma nova tentativa de romper o bloqueio a Gaza deve ocorrer nos próximos meses. No sábado, Israel abordou o navio, sem deixar vítimas. A Marinha abordou o Rachel Corrie pouco depois do meio-dia no horário local (6 horas de Brasília) e tomou o controle sem violência. O navio foi encaminhado para o porto israelense de Ashdod (ver na foto). A decisão de abordar o "Rachel Corrie" foi tomada depois de o navio se negar a obedecer quatro chamados para que mudasse de rumo e se dirigisse a Ashdod no lugar da faixa de Gaza, submetida desde 2007 a um bloqueio por parte de Israel. Em reunião de gabinete neste domingo, o premiê de Israel reafirmou que vai manter bloqueio a Gaza. Netanyahu defendeu o bloqueio dizendo que seu objetivo é impedir o acesso dos terroristas do Hamas a armas, e que não vai permitir que o Irã, aliado do Hamas, estabeleça um "porto iraniano em Gaza".

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