quinta-feira, 17 de junho de 2010

Funcionários temem pelo futuro da Globovisión na Venezuela

Foi um momento raro no telejornalismo: um âncora preocupado, inquirindo um dos patrões sobre como ficam os salários dos 400 funcionários da Globovisión depois das recentes medidas do governo venezuelano contra a emissora. A Globovisión atrai a ira do ditador Hugo Chávez porque é o último reduto de oposição editorial à "revolução socialista" em curso no país. Na sexta-feira, autoridades decretaram a prisão do empresário Guillermo Zuloaga, principal acionista do canal, sob acusação de crimes financeiros. O governo nacionalizou na segunda-feira um banco pertencente a outro sócio da emissora, citando problemas de liquidez e risco de fraude. Esse banco é responsável pela folha de pagamentos da Globovisión, o que deixou muitos empregados preocupados com seus salários. O ditador Chavez está mergulhando a Venezuela em uma ditadura pior do que a de Cuba, e jogando todos os venezuelanos na mais absoluta miséria, apesar das imensas riquezas do petróleo.Na Globovisión, o clima na redação é sombrio, apesar do breve alívio oferecido pela Copa do Mundo. "Estou muito afetada, pessoalmente muito preocupada. Esta é a minha única renda, e o meu marido também trabalha aqui", disse a jornalista econômica Adriana Salazar, 35 anos.

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