quarta-feira, 9 de junho de 2010

Delegado confirma pedido de petista para grampear Serra e não nega que tenha gravado conversa

O delegado Onézimo das Graças Souza, aposentado da Polícia Federal, confirmou o que disse em entrevista à revista VEJA, que está nas bancas: o chefe de campanha da petista Dilma Rousseff, Luiz Lanzetta, lhe pediu que investigasse a vida de José Serra. Segundo Onézimo, ele havia sido chamado para fazer um trabalho de segurança na tal casa que abrigava os petistas em Brasília. Durante a conversa, a coisa mudou de rumo, e Lanzetta lhe fez a outra encomenda, que ele teria recusado.
FOLHA - À “Veja” o sr. falou em ‘coisas pessoais’ do ex-governador [Serra]. Ocorreu essa expressão, ‘coisas pessoais do ex-governador’?
ONÉZIMO - Veja bem, a partir do momento em que alguém me procura e fala assim, ‘doutor, eu quero saber tudo do jornalista ‘xis”, eu tenho bola de cristal, eu sou [a vidente] Mãe Diná? Eu não sou Mãe Diná. Não precisa explicitar, né?
FOLHA - Então o sr. confirma que eles queriam saber tudo de José Serra?
ONÉZIMO - Exatamente. Então, para eu saber tudo de você, você sabe qual seria o método. Eu não trabalho com esse tipo de coisa.
Gravação
Indagado se gravou a conversa da reunião em que a encomenda para grampear o tucano José Serra teria sido feita, o delegado nem nega nem confirma:
FOLHA - Há o boato de que alguém teria gravado a reunião. O sr. gravou esse encontro?
ONÉZIMO - Isso é matéria de defesa minha. Ele [Amaury Ribeiro] disse que vai me processar. Eu vou esperar o processo dele. Você não pode gravar conversas de terceiros, mas sua, você pode.
FOLHA - Isso é pacífico que pode, há jurisprudência no Supremo. Mas o sr. realmente registrou a conversa?
ONÉZIMO - Eu prefiro não declinar. Agora, se ele vai me processar… Mas pelo menos ele não negou a reunião, pois eles me chamaram, queriam que eu fosse à casa e eu não fui.

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