sexta-feira, 25 de junho de 2010

Álvaro Dias diz que foi "convocado" e que aceita ser vice de José Serra

O senador paranaense Álvaro Dias (PSDB) será o candidato a vice de José Serra na chapa do PSDB para a Presidência da República. A decisão deve mudar o cenário da disputa paranaense ao governo do Estado. Alvaro Dias confirmou ter sido “convocado” pelo partido. “Há uma convocação. Foi dessa forma que o fato me foi transmitido nesta sexta-feira em São Paulo. Aceito sim, não vou fugir da responsabilidade. É uma honra”, afirmou Alvaro Dias ao desembarcar em Mato Grosso, onde participará da convenção estadual do PSDB neste sábado. Alvaro Dias tem 65 anos e é formado em História. Nascido em Quatá-SP, mas criado em Maringá, começou a carreira política como vereador em Londrina, em 1968, pelo MDB. Em 1971 se elegeu para o seu único mandato como deputado estadual. Já na eleição seguinte, se candidatou para ser deputado federal e foi eleito com a maior votação proporcional até então da história política do Paraná. Depois do segundo mandato como deputado federal, foi eleito senador em 1982. A principal marca política na biografia de Alvaro Dias foi o posto de governador do Paraná, ocupado por ele de 1987 a 1991. O cargo também lhe rendeu a maior mancha na imagem pública: o confronto entre policiais a cavalo e professores em protesto, em agosto de 1988. Alvaro tentou ser governador novamente, em 1994, perdendo a disputa para Jaime Lerner. Mais tarde, ocupou o cargo de presidente da Telepar (Telecomunicações do Paraná) de 1996 a 1997. Voltou ao Senado, na eleição de 1998 e foi reeleito, em 2006, para mais oito anos de mandato. Alvaro Dias afirmou que a confirmação de seu nome na chapa depende de conversas com os partidos aliados. A confirmação de Alvaro Dias como vice na chapa de José Serra deve alterar a disputa pelo governo do Paraná. O senador Osmar Dias (PDT) já afirmou que não disputa as próximas eleições em lado oposto ao do irmão Alvaro Dias. Com isso, a candidatura de Osmar para o governo com o apoio de PMDB e PT deve ir por água abaixo. Se o pedetista realmente desistir de disputar o governo, deve ser candidato a reeleição ao Senado em uma chapa avulsa, ou seja, sem apoio de PMDB, PT ou PSDB. Neste cenário, PT e PMDB devem se unir em torno da candidatura do atual governador Orlando Pessuti, contra a forte candidatura de Beto Richa (PSDB).

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