segunda-feira, 3 de maio de 2010

PSDB planeja entrar com ação no TSE contra Lula por propaganda em festa da Força

O advogado do PSDB, Ricardo Penteado, disse que o partido estuda entrar com uma nova representação contra o presidente Lula por propaganda eleitoral na festa do Dia do Trabalho realizada pela Força Sindical em São Paulo. Para o advogado, o presidente e outros participantes da festa defenderam, mesmo que indiretamente, o voto na candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. "Estamos vendo um evento sindical patrocinado por empresas estatais como pelos próprios sindicatos, que estão usando dinheiro do trabalhador, que é cobrado compulsoriamente do trabalhador", disse Penteado. "Assim que receber o material do evento, mostrando não apenas o presidente, mas diversos outros participantes pedindo voto a Dilma, vamos entrar com a medida", garantiu o advogado. "O presidente fez um discurso político direcionado para a candidata dele. Até na forma cínica como se expressou. É proselitismo eleitoral", disse o senador Álvaro Dias. Para o senador tucano, o PSDB também deveria entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral contra Lula por crime de improbidade administrativa. Na avaliação dele, o crime está no fato de empresas estatais terem patrocinado as festas das centrais sindicais. "Foi uma combinação de crime eleitoral com improbidade administrativa", disse Alvaro Dias. Para a oposição, a frase de Lula de que o seu mandato está chegando ao fim, mas que "este modelo de governo está apenas começando" mostra que Lula fez campanha. Cinco estatais do governo Lula (Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e Eletrobras) desembolsaram R$ 2 milhões para bancar as festas do 1º de Maio em São Paulo, das principais centrais sindicais do País, as quais compareceram o presidente e a candidata, Dilma Rousseff (PT). A título de patrocínio, as cinco autarquias do governo, do qual Dilma foi ministra até o final de março, destinaram verbas para os festejos de CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). A CUT recebeu R$ 1 milhão e estampou em seu material de divulgação a logomarca do próprio governo federal: “Brasil, um país de todos”. A Força informou também recebeu R$ 1 milhão das mesmas autarquias, com exceção do BNDES. O governo patrocina anualmente esses eventos, mas foi a primeira vez, em oito anos de governo, que Lula compareceu. A UGT captou R$ 100 mil da Petrobras. Além de Lula e Dilma, integraram a comitiva petista os candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, e ao Senado, a ricaça petista Marta Suplicy.

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