sexta-feira, 28 de maio de 2010

Procurador do Distrito Federal entra no Supremo contra investigação

O procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, ingressou nesta quinta-feira com um mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal, com pedido de liminar, contra o colegiado que o investiga. Ele responde a sindicância no Conselho Nacional do Ministério Público por indícios de que teria recebido propina para fazer vista grossa a contratos fraudulentos firmados na gestão do ex-governador, José Roberto Arruda. Nesta sexta-feira ele deveria apresentar sua defesa aos conselheiros. Citado por Durval Barbosa, delator do esquema do mensalão do Distrito Federal e ex-secretário de Arruda, em diversos depoimentos prestados à Polícia Federal, Bandarra corre o risco de não finalizar sua gestão na chefia do Ministério Público do Distrito Federal. A sindicância aberta pelo Conselho pode resultar no afastamento do cargo. O mandato do procurador termina em julho. O Conselho decidirá sobre o destino dele no dia sete de junho. Na quarta-feira, a pedido do corregedor do colegiado, o conselheiro Maurício Albuquerque, do Conselho Nacional do Ministério Público, cassou ato de Bandarra que instaurava uma junta médica para avaliar a "saúde mental" de Deborah Guerner, promotora do Ministério Público do Distrito Federal. Conselheiros avaliaram que Leonardo Bandarra, com a criação da junta médica, poderia comprometer as apurações que correm contra ele. A avaliação da sanidade da promotora tinha como fim um pedido de aposentaria por invalidez. A suspensão do ato aumentou a expectativa de que o Conselho afaste o procurador-geral. Segundo Durval, Leonardo Bandarra atuaria ao lado de Deborah Guerner para favorecer Arruda, especialmente nas renovações emergenciais ilegais de contrato de lixo com a empresa Qualix.

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