terça-feira, 11 de maio de 2010

PP gaúcho vive trauma de possível diminuição de suas representações parlamentares

O grande dilema do PP do Rio Grande do Sul, e que está atrasando a sua decisão quanto a acordo político para as eleições deste ano, está no medo da diminuição de suas representações parlamentares, na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa. Hoje, o alto comando partidário admite que o PP gaúcho deve fazer entre quatro e cinco deputados federais. Os parlamentares que são considerados como eleitos certos são o atual deputado federal Vilson Covatti, o também deputado federal Luis Carlos Heinze, e o deputado estadual Jerônimo Goergen, que concorre a federal. Os três são ligadissimos ao setor primário. As prováveis quarta e quinta vagas sairiam de uma "briga" entre os candidatos Afonso Hamm, José Otávio Germano e Renato Molling. Nas eleições de 2006, o PP gaúcho elegeu fez 900 mil votos e elegeu nove deputados estaduais. Agora, se perder 200 mil votos, sua representação cairá para apenas sete deputados estaduais. A bancada do partido perdeu 50 mil votos do ex-deputado estadual Marco Peixoto, que renunciou para assumir como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. O deputado estadual Jerônimo Goergen, que fez 70 mil votos, vai concorrer a deputado federal. O médico José Haidar Farret, de Santa Maria, que fez 40 mil votos, não vai concorrer mais. E o ex-secretário estadual da Agricultura, João Carlos Machado, que havia feito 40 mil votos, também não vai concorrer. Portanto, será uma perda de 200 votos. Para completar este quadro ruim, em 2006 o PP gaúcho registrou 41 candidatos para deputado estadual e 11 candidatos para deputado federal. Agora, em 2010, a pau e corda, o PP gaúcho conseguirá registrar 21 candidatos a deputado estadual e apenas oito candidatos para deputado federal. É um cenário que demonstra, cabalmente, o papel suicida da chamada ditadura parlamentar no partido, que impediu o surgimento de novas lideranças, porque os detentores de mandatos abafam todas as aspirações eleitorais de militantes dentro do partido. Esse cenário não é exclusividade do PP. Também no PMDB gaúcho a ditadura parlamentar conduziu a desastre similar.

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