terça-feira, 25 de maio de 2010

Oposição em Pernambuco levanta novas suspeitas sobre repasses da Fundarpe

A bancada de oposição na Assembléia Legislativa de Pernambuco fez nesta terça-feira uma poderosa acusação sobre o uso político-partidário-eleitoral das verbas e repasses da Fundarpe para entidades culturais. Em uma coletiva de imprensa foi exibido o dossiê "Ligações perigosas - os donos da cultura em Pernambuco". As novas acusações baseiam-se na constatação de que 11 empresas, algumas com sócios em comum, receberam juntas, em pouco mais de um ano, R$ 24 milhões do Funcuntura, em empenhos fracionados. "É uma concentração de muito dinheiro em poucas mãos", apontou Augusto Coutinho (DEM). Entre as suspeitas levantadas pelos oposicionistas está a de que a empresa Expresso, na qual um dos sócios é Joabson Guerra da Silva. A empresa é registrada na Junta Comercial de Pernambuco tendo como atividade econômica prestar serviços de recepção e bufê. Joabson ainda aparece como sócio de outras duas empresas beneficiadas, que no total receberam mais de R$ 5 milhões. Outra acusação recai sobre as empresas Clarins, Bloco Tá Legal e Figlioulo Produções - que também receberam pouco mais de R$ 5mlhões. O problema, segundo os opositores, é que o sócio Glaydson Figlioulo do Nascimento seria na verdade motorista, aprovado inclusive em concurso público da Prefeitura de Tamandaré para essa função, em 2003. "É estranho, a não ser que seja um honônimo. Há a suspeita do uso de laranjas nessas empresas", disse Terezinha Nunes (PSDB). Por fim, ainda recaiu acusações contra o fato de um assessor da Secretaria de Articulação Política ser cunhado de um dos donos da Palco Show, que recebeu cerca de R$ 2,6 milhões. "Isso em plena época eleitoral", destacou Coutinho. A oposição promete anexar as novas denúncias ao pedido de investigação já encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado, que se comprometeu a abrir uma auditoria especial para apurar o caso.

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