domingo, 9 de maio de 2010

Onze são presos em investigação sobre funcionários fantasmas na Assembléia do Paraná

Equipes de policiais civis e militares e do Ministério Público Estadual concluíram na tarde do sábado no Paraná a operação Ectoplasma II, com a prisão temporária de 11 pessoas acusadas de integrar esquema de nomeação de funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa do Estado. O chefe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, vinculado ao Ministério Público do Estado), procurador Leonir Batisti, disse que o número de prisões poderia ter sido maior se a operação não tivesse sido vazada para parte da imprensa na tarde de sexta-feira. O vazamento, disse ele, será investigado. O objetivo da operação era aprofundar as investigações sobre o esquema que, segundo o Ministério Público, já apontou desvio de R$ 13 milhões dos cofres da Assembléia por meio de nomeações fraudulentas de funcionários que não cumpriam expediente. Pela primeira vez na história do Estado, a sede da Assembleia foi alvo de uma operação com cumprimento de mandado judicial. Os promotores foram à gráfica da Assembléia onde são rodados os diários contendo os atos administrativos da Casa. A suspeita é que as nomeações eram feitas em diários de periodicidade irregular e de acesso a poucos funcionários do setor administrativo. O procurador Batisti disse ter encontrado indícios de que a gráfica imprimia diários que não eram postos em circulação no mesmo dia ou no dia seguinte. Um exemplo citado pelo procurador ao verificar um equipamento da gráfica foi o caso de um diário impresso em 13 de julho de 2009, mas cuja edição era de 24 de junho do ano passado.

Nenhum comentário: