terça-feira, 11 de maio de 2010

Ministro pede que Tuma Jr. se afaste, mas secretário rejeita proposta

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sugeriu nesta segunda-feira ao secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que peça um afastamento temporário do cargo, como solução para o impasse criado a partir das denúncias sobre suas ligações com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso por contrabando . Tuma Júnior não aceitou a sugestão, alegando que não cometeu crime. Para ele, se desligar do ministério agora, em meio ao escândalo, seria uma punição antecipada e injusta. Os dois ficaram reunidos até o início da madrugada desta terça-feira. Quando saíram, o Ministério da Justiça informou que o secretário não foi exonerado. A questão chegou a ser discutida em reunião à noite entre Barreto e o presidente Lula, em Brasília. A situação do secretário está cada vez mais complicada. A Corregedoria Geral da Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito específico para apurar as supostas ligações de Tuma Jr. com Paulo Li. Até então, o secretário não era considerado alvo da Operação Wei Jin, que resultou na prisão de Paulo Li. A corregedoria decidiu abrir o inquérito depois de analisar o conteúdo de HDs apreendidos com Paulo Li. Além da corregedoria, a Comissão de Ética Pública também decidiu nesta segunda abrir um procedimento preliminar para apurar se Tuma Jr. agiu de forma irregular no exercício da função. É inacreditável que o ex-ministro da Justiça, o peremptório Tarso Genro, sabia exatamente de tudo isso, e nada fez, mantendo o seu secretário e silenciando sobre as graves suspeitas que pesavam sobre ele. O fato é que Romeu Tuma Junior é filho do senador Tuma Jr, até hoje um poderoso manipulador de informações.

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