segunda-feira, 10 de maio de 2010

Crise promove retirada em massa de investimentos do País

A crise da Europa está promovendo uma enorme revoada de recursos da bolsa brasileira. As incertezas dos últimos dias já fizeram estragos no País. Os estrangeiros tiraram quase R$ 900 milhões da Bolsa de Valores de São Paulo nos três primeiros dias úteis de maio. A média diária de saída (próxima a R$ 300 milhões) supera até mesmo a do pior momento da crise global. Em outubro de 2008, deixaram a Bolsa R$ 4,7 bilhões, valor recorde dos últimos anos. Na média diária, eram R$ 213 milhões. No mercado futuro de câmbio, os estrangeiros passaram a apostar na desvalorização do real. Até o início da semana passada, esses investidores tinham uma posição de US$ 2,6 bilhões a favor da moeda brasileira. Terça-feira, inverteram-na rapidamente. Agora, a posição está em US$ 2,5 bilhões pró-alta do dólar. Essa é uma das razões que explicam o ganho de 6,45% da moeda norte-americana nos cinco primeiros dias úteis de maio. Outra evidência de que o sinal amarelo acendeu foi o recuo da Odebrecht, na sexta-feira, em uma emissão internacional. A empresa pretendia captar US$ 200 milhões no Exterior. Um grande banco de atacado adiou três operações de abertura de capital (IPO) por causa da piora dos mercados globais. O cenário nebuloso põe em risco até mesmo a megacapitalização da Petrobrás, prevista para os próximos meses.

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