segunda-feira, 17 de maio de 2010

Beto Albuquerque enfim desiste da campanha pelo Palácio Piratini

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) anunciou nesta segunda-feira que não é mais candidato a governador do Rio Grande do Sul. Sem esperanças de contar com o apoio do PP e do PPS, que resolveram se inclinar por apoiar Yeda Crusius (PSDB) e José Fogaça (PMDB), o PSB admitiu que não tinha qualquer chance. Na verdade, desde o início, essa tentativa do deputado Beto Albuquerque mais parecer o jogo de alguém que pretendia ficar na vitrine para terminar assumindo o seu verdadeiro objetivo, a reeleição a um mandato de deputado federal. Afinal de contas, a biografia do "socialista" Beto Albuquerque está muito distante da de um Oswaldo Aranha, e suas pretensões de "pacificar" o Rio Grande do Sul não tinham qualquer fundamento, a não ser os de marqueteiros provincianos. Com a desistência, o PSB está liberado para procurar o seu leito natural, que é ao lado do PT, partido do qual sempre foi um satélite. A mesma coisa com o PCdoB, que ainda poderá escolher a coligação com o PTB, que tem o deputado estadual Luis Augusto Lara como candidato ao governo do Estado, e o advogado Luis Francisco Correa Barbosa, o Barbosinha, como candidato ao Senado Federal. Na entrevista coletiva em que anunciou sua desistência da candidatura ao governo, Beto Albuquerque enunciou um conjunto de frases que, segundo ele, o alçariam à condição de um Oswaldo Aranha redivido: 1) Não desisti!Adiei projeto e sonho para o qual me preparei por 20 anos; 2) Humildade para reconhecer que faltaram aliados para uma majoritária forte; 3) Cabe ao PSB agora ajuizar o caminho a seguir no Rio Grande do Sul; 4) Não somos partido de barganhas.Vamos pro debate de programa e propostas que interessam ao Rio Grande do Sul; 5) Concorrerei à reeleição a deputado federal.Continuarei honrando os gaúchos com decência e muito trabalho na Câmara; 6) Não guardo magoas com aliados que rumaram noutra direção. Respeito a todos. 7) Acho que desperdiçamos oferecer uma oportunidade nova para o Rio Grande do Sul; 8) Lamento não ter convencido aliados importantes do momento do Rio Grande do Sul para construir entendimento político. Parece que o tema não está amadurecido; 9) Uma candidatura ao governo depende de vontade política, aliança, circunstância, meios e chapa forte. Não viabilizar isto impõe decisão e humildade. Recentemente, outros que tentaram vestir a fantasia de Oswaldo Aranha foram o deputado estadual Luis Fernando Zachia (PMDB) e o ex-deputado estadual Cesar Busatto (ex-PPS, atual PMDB). Deu no que deu...

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