terça-feira, 11 de maio de 2010

Afinal caiu, Ministério da Justiça diz que Tuma Jr. vai se licenciar do cargo

A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça enfim informou na tarde desta terça-feira que o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, vai se "licenciar" do cargo por 30 dias. A decisão ocorre depois de reunião com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a segunda que mantiveram em menos de 24 horas. Tuma Júnior é suspeito de ter envolvimento com a máfia chinesa de São Paulo e de tráfico de influência. Na sexta-feira, o secretário disse que não deixaria o cargo. Segundo o Ministério da Justiça, Tuma Júnior deve anunciar formalmente o seu afastamento. Reportagens do jornal O Estado de S. Paulo revelaram gravações telefônicas e e-mails trocados entre Tuma Júnior e o chefe da máfia chinesa de São Paulo, Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li. As gravações foram interceptadas pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando. Paulo Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim do ano passado por formação de quadrilha e descaminho (contrabando). Ele está preso. Tuma Junior reconhece ter amizade com Li: “É lógico que ele é meu amigo. Agora, que vantagem ele tem de ser meu amigo se ele está preso? Nenhuma. Não tem nada no Código Penal que diga que ter amigo é crime. O que não pode é acobertar atividade ilícita de qualquer um. E isso eu nunca fiz”. Em outras três reportagens o jornal também revelou gravações em que Tuma Jr. aparece tentando utilizar o cargo para conseguir liberar mercadorias apreendidas, conseguir a aprovação de um genro em um concurso público e até evitar a apreensão de dólares de uma deputada estadual de São Paulo no aeroporto de Guarulhos. O peremptório ex-ministro da Justiça, o petista Tarso Genro, tem muito a explicar sobre este assunto, já que tudo que está sendo revelado agora ocorreu durante sua gestão.

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