quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ruralistas gaúchos acampam para evitar vistoria do Incra

Cerca de 50 produtores rurais do Rio Grande do Sul montaram acampamento e permanecem em vigília desde terça-feira na estrada vicinal que liga a cidade de Bagé à localidade de Palmas, para protestar contra o levantamento fundiário que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está fazendo na região para identificar uma área quilombola. Esses fazendeiros são aqueles mesmos que deram a vitória ao petista Olívio Dutra para o governo do Estado em 1988, em uma das mais desastradas escolhas eleitorais que o gauchada já produziu. "Uma assembléia de produtores decidiu não assinar notificações e não receber agentes do Incra para vistorias", avisou o agropecuarista Antenor Teixeira, participante da mobilização. O Incra é uma sucursal do MST. Segundo o produtor, a comunidade negra tem terras na região e convive em paz com os agricultores, proprietários de pequenas áreas, inferiores a 150 hectares. O Incra reconhece que cerca de 100 famílias quilombolas usam 400 hectares na região, mas alega depender do levantamento fundiário para saber os limites exatos da área a ser titulada e se há necessidade de indenizações. A assessoria do órgão lembra que os estudos incluem pesquisa histórica e consultas aos vizinhos, que terão prazos para eventuais contestações no caso de se sentirem prejudicados. O objetivo do Incra e do MST é justamente o de produzir terrorismo sobre estes produtores rurais.

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