terça-feira, 13 de abril de 2010

Oi pode ficar com a banda larga do governo

Depois de quatro meses batendo na tecla de criar uma superestatal para massificar a internet rápida no País, o governo Lula decidiu que o Plano Nacional de Banda Larga será implantado em parceria com as empresas de telefonia. A confirmação surge apenas três dias depois de a Oi ter apresentado à ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, uma proposta de assumir a dianteira do projeto. Para reforçar sua sugestão com o governo Lula, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, se reúne nesta terça-feira, às 14 horas, com o ministro das Comunicações, José Artur Filardi. Segundo uma alta fonte do governo, nessa nova configuração, a Telebrás fará apenas a operação no atacado, oferecendo capacidade de transmissão de dados a empresas privadas, que podem ser desde pequenos provedores a operadoras de telefonia celular, por exemplo. Um técnico do setor afirmou que a Oi se propõe a cobrar R$ 35,00 pelos serviços de internet rápida, daqueles clientes que já têm uma linha telefônica da empresa. Mas nos locais onde as ligações ainda tiverem de ser feitas, o preço ao consumidor final subiria para R$ 45,00. Esses valores, correspondentes a uma velocidade acima de 600 quilobits por segundo (kbps), seriam possíveis com contrapartidas do governo, na forma de liberação de recursos dos fundos setoriais das telecomunicações e eventual desoneração tributária. A iniciativa da Oi abriu caminho para que o Palácio do Planalto voltasse a pensar numa parceria com as teles. Até porque, segundo um técnico que participa das discussões, o governo já vinha tendo dificuldades de fechar as contas para o lançamento do plano, diante das sinalizações da área econômica de que não seria possível mexer no orçamento deste ano para alavancar recursos para o programa.

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