quarta-feira, 7 de abril de 2010

Lula insiste na defesa do aumento da produção nacional de aço

O presidente Lula insistiu na defesa do aumento da produção nacional de aço na reunião de cerca de duas horas que teve com toda a diretoria do BNDES, no Rio de Janeiro, na manhã de terça-feira. Ao recomendar que o banco concentre esforços para elevar os investimentos em siderurgia, o presidente, mais uma vez, se disse inconformado com o fato de o Brasil, maior produtor mundial de minério de ferro, fabricar "somente 35 milhões de toneladas de aço". Aos executivos do banco, Lula repetiu que gostaria de ver o País transformado em exportador de placas de aço e não de matéria-prima. Na prática, o banco não tem como "convencer" o setor a investir em novos projetos. Também não há, segundo fontes do BNDES, estudos para um programa com taxas específicas para o setor. Acionista da Vale, CSN e Usiminas, o banco pode, porém, participar da estratégia dessas empresas. A retomada da demanda externa por aço e as vantagens competitivas do setor no Brasil estão por trás da insistência do presidente Lula. O BNDES compartilha do diagnóstico de que há uma oportunidade para o País no mercado internacional de semiacabados. A intenção não é estimular projetos voltados para o mercado interno, cuja demanda de aço é de apenas um terço da capacidade atual do parque nacional. Lula quer aumentar a produção brasileira de placas para o Exterior, que não sofrem as taxações do aço acabado.

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