quarta-feira, 28 de abril de 2010

Equador ratifica mandado de prisão contra candidato à presidência da Colômbia

Um tribunal do Equador ratificou o mandado de prisão contra o candidato governista à presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos, sob a acusação de ser o autor intelectual de assassinatos ocorridos em meio a uma operação militar colombiana na selva do Equador. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, classificou nesta terça-feira como grave a decisão. O Ministério Público do Equador move processo contra Santos que, como ministro da Defesa de Uribe, esteve à frente de uma operação militar contra um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização terrorista e traficante de cocaína) na selva equatoriana, em março de 2008. A ação matou 24 pessoas, incluindo o chefe das Farc, Raúl Reyes. Em fevereiro, o tribunal havia decidido arquivar o processo contra Santos durante três anos, por falta de provas. Mas, diante de um recurso apresentado pelo advogado de defesa de Santos, nomeado pelo governo equatoriano, os juízes decidiram reativar o mandado de prisão. O incidente abriu uma crise entre os dois países vizinhos. O presidente do Equador, Rafael Correa, considerou o ataque realizado por militares colombianos em março de 2008 como um massacre que violou a soberania de seu país e decidiu romper as relações diplomáticas com a Colômbia. A Colômbia e o Equador compartilham uma fronteira terrestre de 586 quilômetros, na qual existe uma presença de terroristas de esquerda e grupos de narcotraficantes. O governo colombiano emitiu nota reiterando que não reconhece a jurisdição extraterritorial da Justiça equatoriana para investigar e julgar funcionários e ex-funcionários colombianos.

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