domingo, 4 de abril de 2010

Dissidente Fariñas denuncia regime "ilegítimo" dos irmãos facínoras Castro

O dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há mais de um mês para exigir a libertação dos presos políticos na ilha comunista, apresentou uma acusação contra o "regime ilegítimo de Fidel e Raúl Castro" perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A carta foi entregue na quinta-feira à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em Washington, em nome do dissidente e de sua família. Fariñas baseia sua acusação na "violação legislada, sistemática, programada e executada" contra ele e sua família, e seus "direitos naturais e liberdades fundamentais reconhecidos universalmente", desde o triunfo da revolução comunista no dia 1 de janeiro de 1959. O jornalista, de 48 anos, se declara "em perfeito estado de faculdades mentais, mas em franca deterioração física" devido à greve de fome que iniciou no dia 24 de fevereiro. "Prostrado em uma cama, desejo apresentar minha acusação formal perante esta Comissão contra o regime ilegítimo de Fidel e Raúl Castro", acusa a carta. Guillermo Fariñas entrou em greve de fome em protesto pela morte do preso político Orlando Tamayo, que faleceu após 85 dias de jejum, e para pedir a liberdade dos presos políticos cubanos. Com esta ação a organização espera que "haja uma inundação de acusações de outras pessoas" perante o organismo interamericano, disse a ativista e refugiada cubana Alina Brouwer. Ela pediu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos que envie uma missão para avaliar "com neutralidade e imparcialidade" a situação na ilha. Guillermo Fariñas lembrou que além dele há outros dissidentes em greve de fome. A Organização dos Estados Americanos e outros organismos "estiveram de costas à realidade dos cubanos. Sempre foi mais fácil deixar o tema de Cuba fora da agenda, mas os cubanos já não podem esperar mais. Deram 50 anos de chance para eles".

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